Um Tour pelos Estúdios Westlake – Um Lugar Onde foi Feita História!

Durante a semana de aniversário da morte de Michael Jackson, quando fãs se reuniam em Los Angeles para lembrar seu ídolo, o Westlake Recording Studio ofereceu visitas guiadas em seus dois prédios onde os icônicos álbuns Off the Wall, Thriller e Bad foram gravados. Esse ano, em 25 de junho de 2015, o estúdio receberá os fãs mais uma vez em suas históricas salas de gravação. Para aqueles que não podem estar lá e têm curiosidade para saber como é, aqui vai uma estória sobre uma das primeiras visitas ao estúdio organizada no verão de 2012.

Em 2012, no terceiro aniversário de falecimento do Michael, o Westlake Recording Studio abriu suas portas ao público pela primeiríssima vez. O tour de 3 horas que incluía visualização de dois prédios dos estúdios em Los Angeles foi um pouco caro, mas foi uma daquelas coisas que, como um fã, você simplesmente não pode perder. Por um bom tempo eu tive curiosidade de dar uma olhadinha nesses prédios aparentemente comuns – porque foi nesse lugar em que história foi feita. No Westlake, Michael gravou seus três álbuns mais icônicos: Off the Wall, Thriller e Bad. Então, em 26 de junho, às 7:30 da manhã, eu me encontrava no estacionamento dos fundos do Westlake Studio D, no Santa Monica Boulevard.

A parte dos fundos do estúdio parece completamente comum, mas no momento em que a vi, eu imaginei de forma vívida Michael estacionando desajeitadamente ali, em seu Chevy Blazer, batendo nos carros próximos.

1

Primeiramente, não vi ninguém mais e pensei que seria a única visitante. Mas então notei uma minivan que já estava esperando no estacionamento, e que acabou por estar quase lotada. Com o grupo completo de 13 ou 14 pessoas, decolamos em direção ao primeiro e histórico prédio do Westlake Studios, no Beverly boulevard.

O grupo reunido na van consistia quase principalmente de fãs de meia idade, alguns que seguiam Michael desde seus primeiros anos no Jackson 5. Alguns fãs lembravam de terem visto o programa de Ed Sullivan na TV; outros, de terem ido aos shows da Triumph e da Victory Tours. Uma moça afirmou que tinha ido a shows de cada turnê que Michael fizera na América do Norte.

O tour tinha dois guias: Roy, um funcionário do Westlake Studio, e Corry, um fã. Cory é fã do Michael desde a infância, um colecionador e ativista: contribuiu com o livro For the Record, escrito por Halsted e Cadman, e é um dos administradores da página Michael Jackson Archives no Facebook. Um cara animado e entusiástico, ele ficava perguntando a cada um de nós se tínhamos visto Michael de perto, quais músicas eram as nossas favoitas, etc. Durante o passeio todos nós discutimos sobre livros, vídeos do YouTube e outras coisas sobre o Michael. Todo mundo ficava dizendo o quão maravilhoso o Michael era e quão eternas são cada uma de suas músicas e apresentações.

Finalmente, estávamos chegando ao Estúdio A, uma construção térrea pintada de branco e marrom. Esse é o próprio estúdio onde Michael Jackson gravou os dois álbuns que mudaram a música americana: Off the Wall e Thriller. De vista, você nunca adivinharia.

2

Na entrada, a equipe do Westlake Studio nos receberam calorosamente e prometeram uma experiência inesquecível. Não é permitido gravar do lado de dentro; de qualquer maneira, no0s deixaram tirar fotos. Infelizmente, é bastante escuro no estúdio (desnudar sua alma numa canção é um processo bem íntimo), muitas das minhas fotos ficaram embaçadas. Mas consegui capturas as coisas mais importantes.

Na sala perto da porta há uma exposição de discos de platina, alguns do próprio Michael.

3

Além disso – da primeira porta e por todo o estúdio – as paredes estão cobertas de lembranças de Michael. Fotos suas, desenhos, letras escritas à mão… Em todo lugar pra onde olha, você vê Michael, Michael, Michael… Os corredores do estúdio são estreitos e é difícil capturar uma visão ampla. Embaixo há alguns closes que acabaram saindo numa qualidade decente, pra dar uma ideia.

4

A composição “The Wall” é um presente de Quincy Jones.

5678910

12

Desenhos que Michael fez no estúdio (essas são réplicas):

13

14

No salão principal, nos mostraram um rápido vídeo sobre o trabalho de Michael com Quincy. Nada de novo, uma montagem das filmagens de OTW e Thriller.

O estúdio interior é estiloso e aconchegante.

15

Entrando na sala de controle. Essa é a sala onde o diretor e os engenheiros musicais gravam e mixam as faixas.

16

Aqui, fomos recepcionados pelo amigável engenheiro Ben. Ele estava nos mostrando como trabalhar com um console de mixagem.

17

A sala de controle é pequena, e como vocês podem ver na foto, as paredes não são retangulares. Esse design especial é para conseguir uma acústica melhor. Alto-falantes ficam presos nas paredes em todo o perímetro da sala. Você pode até notar alguns alto-falantes no teto – eles foram postos lá especificamente por Quincy, que gostava de ouvir o mix recostado numa cadeira, olhando pra cima.

Em frente a mesa de mixagem, atrás do vidro, é a cabine de gravação do cantor.

18

A acústica nesse espaço é nada menos que espetacular! A primeira coisa que eles fizeram quando entramos nessa salinha foi tocar Thriller no volume máximo. Por essa sala ser tão pequena e à prova de som, você sente como se a música estivesse sendo tocada dentro de você. Lá dentro, naquele momento, eu pude entender por que Michael amava sua música extremamente alta e como um bom mix podia fazê-lo dançar. Não sou música ou dançarina, mas até eu não consegui ficar parada lá. Pro Michael, que dançava até com uma máquina de lavar, essa era a única maneira natural de responder à música genuinamente boa. Senti como ele ouvia sua própria música. Não tem nada a ver com como soa em fones de ouvido em iPods. Quando Human Nature começou, me senti sendo transportada a outro universo.

Então, Ben mudou para Black or White à capela, e eu esqueci de respirar.

Veja, acontece que eles têm algumas das músicas do Michael em multitracks. Um multitrack é um conjunto de peças vocais e instrumentais que podem ser definidas pela mesa de mixagem e usadas pra fazer diferentes combinações. Isso era o que o Ben fazia – ele queria nos mostrar como mixar uma música, então sintonizava todas as partes exceto os vocais e, em seguida, começava a adicionar instrumentos, um por um, e o rap e os backgrounds. Os vocais à capela soavam simplesmente fantásticos, e eu ficaria grata só de escutá-los sozinha por um minutinho. Mas a decisão não era minha. Ao contrário, Ben nos deixou mexer na mesa, virar e apertar botões. Parece meio aterrorizante, mas dá pra você dominar facilmente – tudo o que precisa fazer é mover aqueles controles deslizantes nos botões. Eles ainda têm notas com dicas sobre as partes que correspondem a cada botão.

19

É assim que o multitrack de Black or White é:

20

Saí dessa sala admirada com essas pessoas amigáveis que riam tão casualmente enquanto possuíam tesouros incomensuráveis.

21

Então, fomos para a sala adjacente à cabine de voz.

Essa cadeira, eles disseram, tem ficado aqui praticamente desde os tempos das gravações do Michael. E eles te deixam sentar, tirar fotos em frente ao microfone e até cantar com as músicas nos fones. Eu não costumo posar pra fotos, mas aqui eu não pude resistir, porque… Como resistir?!?! Ele provavelmente cantou She’s Out of my Life nessa cadeira!

22

Esse é o próprio piano no qual MJ e Paul McCartney tocaram The Girl is Mine. Nesse ponto eu já estava pronta pra abaixar e tocar o chão que essas pessoas tinham pisado.

23

Mas espera, tem mais. Ta vendo esse pedacinho de tapete perto do sofá? Não, não é nenhuma ideia de design distorcido de alguém, esse é o mesmo tapete no qual Michael e Quincy andaram quando trabalharam em Thriller. O tapete está desgastado, como você vê, e já tá na hora de ser jogado fora. Mas não se joga fora um artefato histórico como esse, não é? Então eles cortaram bem cuidadosamente um pedaço e mantêm como exibição.

24

Essa foi a parte em que eu esqueci todas as boas maneiras e engatinhei pra sentir a coisa com as minhas próprias mãos.

25

Antes de deixar o Estúdio A, perto desse poster, Cory perguntou a todo mundo do grupo qual álbum do Michael nós levaríamos conosco para uma ilha deserta. Ele diz que a resposta mais popular é Invincible. Música perfeita pra uma ilha, não é?

26

Voltamos ao Estúdio C em Santa Monica. Passamos pelo prédio da CBS onde Michael deu uma entrevista à Diane Sawyer. Lembram deles caminhando pelo lado de fora do estúdio e dele falando sobre ser tímido? Aconteceu bem aqui.

27

Uma rápida parada nessa viela. Pra quê?, você deve estar perguntando. Aparentemente, aqui, debaixo do banner, há uma grande atração histórica relativa ao MJ. Adivinha!

28

Essa parede comum é a parede da capa de Off the Wall!!! O dono da propriedade, que aparentemente é alheio à cultura, pintou esse patrimônio histórico de um cinza feio.

29

Passamos pelo prédio original da Motown Records em Los Angeles. Aqui foi onde o Jackson 5 gravou a maioria de suas canções. O prédio ainda pertence à Motown, mas os artistas já não trabalham mais aqui.

30

Em frente a rua do prédio da Motown há um parquinho. Lembra daquela parte de Moonwalk na qual Michael lembrava como ele costumava olhar para as crianças brincando num parque na frente do estúdio e desejava se juntar a elas quando tinha que trabalhar? Esse era o parquinho do qual ele estava falando.

31

Chegamos ao Westlake D. Nesse estúdio, MJ e Quincy trabalharam principalmente em Bad. Esse prédio foi construído um pouco antes de eles se mudarem pra trabalhar na gravação, e foi projetado com Michael e Quincy em mente. Eles eram os principais inquilinos do estúdio, então o layout, a mobília e os equipamentos foram escolhidos para atender às necessidades dos dois. E com isso, o Westlake D definiu um padrão na indústria. Depois que ele foi construído, outros estúdios de gravação usaram o mesmo projeto.

32

Discos do Michael com autógrafos do Quincy nos recepcionaram na entrada.

333435

Paredes cobertas de fotos do Michael de novo… Alguém perguntou ceticamente quando essas fotos apareceram, sugerindo que talvez foram trazidas apenas para agradar os fãs e montar a tendência do amor póstumo por Michael Jackson. “Ah, não, a maioria dessas fotos estão aqui por anos…”, respondeu Roy, lembrando quais delas eram as primeiras. “Claro que eles têm. Todas essas salas existem por causa do Michael”. Michael é a divindade desse lugar. A maneira que as pessoas apreciam a memória dele… É até difícil de descrever.

36

Westlake D é um prédio de dois andares. No segundo andar, há um salão privado que costumava ser ocupado pelo Michael. Russ Ragsdale, um engenheiro de gravação que trabalhou com ele durante as sessões de Bad, relembrou em 2009: “No Westlake, Michael tinha sua própria salinha privada no andar de cima com uma janela que tinha vista para a sala de monitoramento. Se precisava ficar longe durante os tempos em que não era realmente necessário, ia muitas vezes a essa sala, onde enchia de lixo de milho de pipoca em todo o canto, ele era um pouco bagunceiro, já que era acostumado a ter alguém cuidando dele, e esse alguém geralmente era eu!!!”.

Então, vimos essa sala.

37

Muito modesta, sem luxo, sem esplendor.

38

A equipe do estúdio chama essa sala de “sala do Bubbles” porque quando Michael estava gravando, eles costumavam trancar o Bubbles ali e ele ficava pulando por lá e ficando um tanto louco. Talvez a pipoca tenha sido obra dele…

39

A janela, de fato, tem vista para a sala de gravação no térreo. O palco foi construído especialmente pro Michael, pra que ele pudesse praticar alguns movimentos de dança entre as sessões.

40

Voltando ao primeiro andar, podemos ver a sala de Quincy e um banheiro com um box. Uma coisa absolutamente necessária no estúdio, já que os artistas e produtores trabalham durante toda a noite. Além disso, o box é útil por causa de sua ótima acústica. Michael usou seu som oco para gravar os aplausos de percussão para Man in the Mirror e outras canções de Bad. É maravilhoso poder ver e tocar nisso, e eles deixam você entrar, pisar no box e tirar fotos…

41

A sala de controle do Westlake D. Parece bastante igual à do estúdio A, apenas um pouco maior.

4243

Nesse momento Ben, que venho até nós, decidiu jogar o mesmo jogo do multitrack com Bad. Quando ele começou o playback da versão à capela no volume máximo, senti lágrimas nos meus olhos. É simplesmente fantástico – você consegue ouvir tudo: os estalos dos dedos de Michael, suas pisadas, e até mesmo a “corrente” da música que o microfone pega dos headphones dele. E então você adiciona instrumentos à música, um por um: as guitarras, as batidas, as palmas do box. Há tantas coisinhas na música que você de repente começa a escutar!

44

A visita terminou na grande sala com o palco e o telão, na qual fomos convidados a assistir a uma montagem de clipes do Michael. A essa altura, as emoções mal podiam ser contidas.

45

O vídeo terminava com You Are Not Alone. A tela foi subindo, revelando um espaço semelhante ao vídeo de This Is It de Spike Lee. Todos nós fomos às lágrimas.

46

Eles tinham até uma caixa de lenços de papel convenientemente preparados – esse efeito emocional foi cuidadosamente orquestrado!

No fundo do palco, atrás da cortina, há um espelho, é claro… Um palco de um dançarino.

47

Perguntei ao Roy o que acontece com o estúdio hoje em dia e quais os planos para o futuro. Ele disse que os dois prédios estão funcionando. Os estúdios têm equipamentos de ponta, e o tempo do estúdio é bastante caro. Essa é uma das razões do preço tão alto da visita – obviamente, eles não podem alugar o estúdio para músicos durante o tempo da excursão. Os estúdios Westlakes têm recebido muitos artistas populares, de Rihanna e Ne-Yo a Justin Bieber. Roy diz que quando os artistas vêm trabalhar aqui, a primeira coisa que todos pedem pra ver é a sala do Michael. O fato de ele ter trabalhado lá em algumas de suas melhores gravações é inspirador.

Essa é a primeira vez que os estúdios abrem suas portas para o público em geral. Antes eles somente conduziam pouquíssimas visitas para fã clubes. Posso dizer honestamente que o tour cumpriu todas as promessas e expectativas. Para mim, foi um dos melhores momentos que tive experienciando Michael Jackson, o artista. Ainda verão o quão regulares e populares essas visitas serão no futuro, mas eu saí de lá com a sensação de que, aberto ao público ou não, esse lugar será sempre um memorial dele.

48

Eu sei que muitas pessoas não poderão experimentar essa atmosfera, então fiz esse texto na esperança de compartilhar com vocês uma parte do que senti lá. Mas se tiverem uma chance de visitar o estúdio em futuros tours, visitem! Vocês não vão se arrepender.

Texto de morinen, 2012.

Post original: http://en.michaeljackson.ru/westlake-studio-tour/

INNOCENT!

Olá, MJFans! Peço que, por favor, perdoem o meu sumiço, mas é que vida de estudante realmente não é fácil!

O assunto que me levou a fazer este tópico, infelizmente, é repetido: acusações falsas e estúpidas. O cara-de-pau da vez é o Wade Robson, “amigo” de longa data do Michael. Wade agora alega que sofreu abusos na época em que frequentava o rancho Neverland. Mas o “mais esquisito” dessa história é que esse mesmo Wade Robson foi uma das testemunhas do processo de 2005 que atestaram NUNCA terem sido tocadas de modo impróprio pelo Michael.

INNOCENT

Eu mesma cheguei a postar aqui um texto feito pelo próprio Wade Robson falando sobre o Michael. E faço questão de repostá-lo pra que os fãs possam avaliar a cara-de-pau desse coreógrafo que, por sinal, só conseguiu sucesso em sua carreira graças à ajuda do Michael.

Eu costumava falar com Michael durante três horas por dia. Nunca descobri como ele conseguia arranjar tanto tempo, já que parecia tão ocupado, mas ele sempre me telefonava e nós conversávamos, conversávamos e conversávamos. Ele tinha um celular que usava para falar comigo e me mandar mensagens. Tudo isso fazia parte de uma amizade que durou mais de 20 anos.

Conheci o Michael quando ele estava começando  a turnê Bad, em 1987. Eu tinha 5 anos nessa época, e a equipe de Michael organizou uma competição de dança em todos os países, então, eu decidi participar em Brisbane (*cidade australiana). Me lembro de dançar “Thriller” enquanto assistia ao clipe quando tinha apenas 2 anos de idade! A minha mãe tinha uma fita e, quando assisti, simplesmente enlouqueci! Eu costumava correr assustado para a cozinha toda vez que o lobisomem aparecia na tela. Quando eu fiz 3 anos, já tinha aprendido a coreografia inteira da música.

Eu acabei ganhando a competição de dança. Fomos ver um show do Michael em Brisbane e fui apresentado a ele no “meet and greet”. Me lembro de estar usando uma roupa personalizada de “Bad” – peguei o cinto da minha mãe e dei umas cinco voltas ao meu redor. Michael ficou impressionado e me perguntou se eu dançava. Eu respondi a ele que sim e então, ele me disse: “Você gostaria de dançar comigo no show de amanhã?”.

Eu não conseguia acreditar. Ele se referia ao grande show da noite seguinte, em Brisbane. Sua ideia era de que eu apareceria no palco para dançar Bad, a última música do show. Ele tinha trazido algumas crianças órfãs, por isso, achou que seria legal que eu também aparecesse no final da apresentação de Bad. No final da música, estávamos todos no palco, Stevie Wonder também estava lá, Michael veio até a mim e disse: “Vamos lá!”. Levei um tempo para entender que aquilo significava algo como “Dê o seu show!”. Então, corri para a frente do palco e joguei o meu chapéu pro público, que, imediatamente, começou a delirar! Quando me virei, Michael já estava dizendo adeus para a multidão, as outras crianças já haviam ido embora e Stevie Wonder estava sendo dirigido aos bastidores.

Quando percebi que Michael estava me chamando, saí correndo. Depois, minha mãe e eu passamos duas horas no hotel com Michael e nos tornamos seus amigos. Ele nos mostrou seus novos clipes para o filme Moonwalker e nós conversamos muito. Nós realmente não pudemos manter contato após isso, mas eu entrei numa companhia de dança – literalmente, no dia seguinte ao show de Michael -, e, dois anos depois, eu fui aos Estados Unidos para conhecer a Disneylândia. Entrei em contato com Michael através de pessoas de sua equipe, e ele se lembrou de mim! Eu e minha família fomos ao estúdio Record One, onde seu próximo álbum, Dangerous, estava sendo mixado. Mostrei a ele alguns dos meus vídeos de dança e ele me perguntou: “Você e a sua família gostariam de ir à Neverland essa noite?”. Claro que todos nós fomos de acordo e acabamos ficando no rancho por duas semanas.

Nossa amizade floresceu. Durante aqueles 14 dias, ele me levava ao seu estúdio de dança, colocava alguma música e nós dançávamos por horas! Nós costumávamos sentar lá e assistir a filmes como As Tartarugas Ninjas. Uma vez, saímos de Neverland no carro de Michael, escutando música no último volume!

Ele ainda me ensinou a fazer o moonwalk. Nós estávamos em seu estúdio de dança, e Michael me mostrou passo por passo. Eu não conseguia dormir a noite toda… A emoção de deslizar para trás ao lado do cara que fez tornou esse passo famoso era indiscritível!

Anos mais tarde, eu e minha mãe nos mudamos para os Estados Unidos para que eu conseguisse realizar o meu sonho de trabalhar com a dança, e Michael nos ajudou muito! Ele me deu a oportunidade de começar bem me colocando num de seus clipes mais famosos, Black Or White. O papel que ele assumiu comigo era de um verdadeiro mentor.

Quando eu tinha 7 anos, ele me disse que eu seria um diretor de cinema, e realmente foi isso que me tornei. Michael criou uma sede de conhecimento em mim. Certa vez, um mini estúdio de gravação apareceu na minha porta, mas o mais legal foi que Michael me impediu de me tornar uma criança mimada. Ele dizia: “Isto é para você, mas eu quero ver você fazer algo com isso. Não é pense que é um dado adquirido ou eu vou levar de volta”.

A última vez que o vi foi em julho de 2008. Eu estava em Las Vegas, trabalhando num programa e ele estava morando lá. Eu, minha esposa, Michael e seus três filhos fizemos um churrasco. Foi a coisa mais normal do mundo. Eu e minha esposa fomos à Whole Foods (* supermercado da cidade) e compramos coisas para cozinhar. Mas quando chegamos lá, ele já tinha improvisado tudo. Eu disse: “Cara, por que você trouxe tanta comida? Nós já temos o suficiente aqui”. Me lembro de ter cozinhado no lado de fora da casa, enquanto Michael estava sentado, embaixo de um guarda-chuva.

Tivemos grandes momentos, ele era uma pessoa tão carinhosa! Acima de tudo, sentirei falta dessas conversas pelo telefone. Eu ainda tenho o telefone que usávamos para conversar. Simplesmente não suporto a ideia de apagar aquelas mensagens…

Michael Jackson mudou o mundo – e, pessoalmente, a minha vida – para sempre. Ele é a razão pela qual eu danço, a razão pela qual eu faço música, e uma das principais razões para eu acreditar na bondade pura da espécie humana. Ele foi meu amigo por mais de 20 anos. Sua música, sua dança, suas palavras de inspiração e encorajamento e seu amor incondicional vão viver dentro de mim eternamente. Vou sentir muita saudade dele, mas sei que agora ele está em paz e encantando os céus com belas músicas e um moonwalk.

Michael Jackson Commemorated…

… Legendado!

Olá, pessoal! Peço desculpas pela falta de posts, é que tenho me dedicado a dois Michael-projetos muito especiais!

Consegui finalizar um deles hoje (dia do aniversário da Paris, :D) e vim aqui divulgar para vocês. Não se trata de um texto, e sim de um documentário, o Michael Jackson Commemorated. Espero que curtam o trabalho feito em parceria com a minha amiga, Priscilla, e com muito carinho… E comentem, se desejarem.

Beijackson’s, Keep Michaeling.

Al Malnik fala sobre Michael

Al, sua esposa, Nancy, Prine Michael e Paris num jantar

Conheci Michael Jackson há cerca de 9 anos. Fiquei sabendo que ele tinha ouvido falar de mim e que estava interessado numa reunião, que queria me pedir em particular uma visita à minha casa em Palm Beach. Michael sacava muito de arquitetura e admirara a casa de longe. Na época, ele estava em Los Angeles e manifestou interesse em discutir diversas ideias de negócios e vários outros planos. Finalmente, ele pediu a Brett Ratner, a quem me refiro como o meu 11º filho, para me ligar e perguntar se poderíamos marcar um encontro. Primeiro, eu disse não, já que não era fã dele, então, não via necessidade de convidá-lo e tentar conversar. Mas, quando contei isso à minha esposa, Nancy, ela praticamente enlouqueceu! Ela disse: “Você ta de brincadeira? Michael Jackson! Eu cresci com ele! Os pôsteres dele ficavam nas minhas paredes! Você tem que deixá-lo vir, eu quero conhecê-lo!”. Então, pra agradá-la, eu o convidei para vir à minha casa e, a partir do primeiro encontro, todos nós desenvolvemos uma bela amizade. Ao longo da década passada, Michael sempre vinha ficar alguns dias na minha casa, às vezes com as crianças, outras, sozinho. Foi uma época extraordinária. Ele era um hóspede incrível, já que realmente não requeria nenhuma atenção. Ele gostava de limpar seu próprio quarto e fazer sua cama, e também ensinava isso aos seus filhos, para a nossa surpresa. Michael logo se tornou um grande amigo do meu filho Shareef, juntamente com Brett Ratner e Chris Tucker. Eles quatro passavam um bom tempo juntos aqui em casa, sempre fazendo bagunça e rindo bastante. Também tenho trigêmeos que estão quase na mesma idade que os outros dois filhos dele, Prince e Paris, que têm 12 e 11 agora. Nós viajávamos várias vezes com Michael e sua família, íamos pra Acapulco e outros locais de férias de família. Também temos ótimas lembranças do tempo em que ficamos em seu rancho, Neverland. A casa de hóspedes mais importante de lá é chamada de Suíte Elizabeth Taylor, onde ficamos hospedados. Na primeira noite, ele fez a própria Elizabeth me ligar, me dando as boas-vindas à sua suíte no rancho. As crianças, é claro, amaram Neverland, pois se divertiam muito com os filhos de Michael, iam ao zoológico e passeavam de trem. Foi uma época mágica. Uma vez, numa festa de aniversário que Nancy fez para os nossos trigêmeos, Michael chegou ao teatro, surpreendendo não só a gente, como também os convidados da festa. Todo mundo pensou que era um cover. Eles não conseguiam acreditar que era o próprio Michael Jackson! Pensando bem nisso, algumas pessoas podem continuar pensando que era um sósia. Todos os nossos filhos passaram muito tempo juntos, e os filhos de Michael especialmente curtiam muito isso. Quando estavam conosco, eles podiam sair comigo, com a Nancy ou qualquer um da nossa família sem serem perseguidos por paparazzi ou fãs. Sequer precisavam usar véus, já que ninguém desconfiava quem eles eram… Quando passavam um tempo com a gente, eles tinham que passar por situações normais que faltavam em seu cotidiano, como visitar a Escola St. Andrew ou ir ao cinema. Quando ficavam com minha família, eles literalmente podiam tirar as máscaras e ninguém os incomodava. Michael podia fazer o mesmo. Nós trabalhamos para criar experiências do dia-a-dia pra ele, como fazer compras. Uma vez, fechamos um supermercado Publix para que ele pudesse fazer o que as pessoas comuns estão acostumadas.

Quando estava conosco, Michael conseguia relaxar e baixar a guarda. Nós vivemos na praia, e nós dois gostávamos de ir pra água juntos depois que o sol se punha, onde ele era apenas um cara comum, chutando seus pés nas ondas. Em relação à Blanket, Michael me pediu pra ser o padrinho dele quando o garoto fez um ano de idade. Meu relacionamento com Blanket é limitado, porque na época ele era apenas um bebê e eu realmente não participei muito de sua criação. Mas acho que, se algo acontecesse, Michael realmente queria que eu fosse uma espécie de porto seguro. Ele queria saber se eu estaria disposto a criar Blanket como se fosse um dos meus próprios filhos, e é isso que o documento legal diz. Não tenho falado com a família desde a morte de Michael. Não estou acostumado a ser o centro da atenção na mídia, por isso, quando as histórias começaram a sair, fiquei chocado. Sei que, se eu for pro funeral, a imprensa vai me cercar de novo. Então, ao invés disso, eu e minha família vamos apenas orar por ele, e desejar que descanse em paz. Nossa família amava muito o Michael, e nós sempre teremos muito respeito, sempre estenderemos a mão a qualquer um de seus filhos se eles precisarem da nossa ajuda. Michael tinha uma extraordinária energia e um incrível talento. Ele sempre criava novas músicas e as cantava à capela. Um dia, ele estava andando pela casa de pijama, cantando alguns trechos novos que estava trabalhando. Ele subia um lance de escadas e, depois, começava a descer. Então, lhe perguntei: “O que você está fazendo?”. Ele respondeu: “Estou fazendo duas músicas de uma vez. Estou subindo esses degraus criando uma música, e, quando desço, crio a outra música”. Ele podia fazer uma música em 5 minutos, era inacreditável! Sei que ele chegou a terminar a gravação de algumas dessas canções. Ele planejava um retorno, pensando numa ultrajante turnê de shows, começando pela Europa e terminando nos Estados Unidos. Ele queria lançar simultaneamente alguns dos álbuns nos quais estava trabalhando enquanto estava hospedado em nossa casa – tudo novo, um material nunca ouvido. Ele estava tão animado pra fazer essa turnê, tão preparado pra isso. Um dos nossos amigos que tinha visto seu ensaio uma ou duas noites antes de sua morte, me ligou e falou: “Você deve sair e ver o Michael antes de ele começar os shows. Ele está inacreditável. É como se você nunca o tivesse visto antes”. Tive a oportunidade de assistir a uma apresentação dele antes, em nossa casa. Quando nos visitava, ele sempre perguntava se podíamos improvisar uma pista de dança, então, é claro que improvisávamos. Quando eu o via dançar naquele palco, ficava maravilhado! Nunca tinha visto nada parecido. Eu sabia que ele era impressionante, e é bom saber que, 5 anos depois, ele estava tão incrível quanto naquela época. (…)

Fontehttp://www.miamibeachreflections.com/?p=210

NÓS somos Michael Jackson

Pessoal, numa época muito difícil e triste para os fãs, decidi postar hoje um lindo depoimento de uma fã alemã chamada Franziska Neurieder, do livro It’s All About L.O.V.E. É um texto lindíssimo, que traduzi semana passada, antes desse penoso julgamento começar. Ao ler essas palavras, me identifiquei muito. É um relato realmente emocionante, acho que serve de conforto para todos nós nesse momento. Sintam-se todos abraçados e Keep Michaelling! #Justice4MJ

***

Só quero dizer: aos fãs de cada canto da Terra, de cada nacionalidade, de cada raça, de cada língua – Eu amo vocês do fundo do meu coração. Vocês sabem, obrigado pelo amor, apoio, e compreensão durante esses tempos difíceis. Eu gostaria muito de agradecer por suas preces e pela boa vontade…”

Michael Jackson, 29 de Março de 2005.

***

NÓS somos Michael Jackson

Durantes os dias, as semanas e os meses que se seguiram após Michael ter deixado este mundo, eu continuo me perguntando por quê essa perda doi tanto. Por que a morte de um homem com quem nunca falei pessoalmente virou o meu mundo de cabeça para baixo? Por que não consegui dormir tantas noites seguidas? Por que fiquei num estado de completa negação por vários meses? Por que eu ainda choro quando alguém menciona o seu nome ou quando algo faz com que eu me lembre dele (até mesmo a lua cheia, que me faz lembrar o Moonwalker)?

Sim, eu amo a música dele, e ela significa muito para mim. Sua maneira de expressar toda a sua alma musicalmente, seja com a ajuda de letras ou através da dança, sempre me tocou muito e fazia-me sentir em casa, me trazia segurança. Para mim, Michael sempre estava lá, independentemente da distância. Não importava onde eu estivesse, o quão longe da família e dos amigos, ele estava sempre comigo. Não importava o quão solitária ou abandonada eu me sentisse, o Michael estava sempre lá. Sua música e sua voz sempre me ofereciam um paraíso seguro.

O mero pensamento de saber que ele estava em algum lugar lá fora, me fazia sentir próxima dele e me dava esperança e força para viver num mundo que, com certeza, nem sempre se parece com Neverland. Com sua humanidade e gentileza, ele era um bom exemplo para mim. Suas vulnerabilidade e fraqueza me permitiram aceitar a verdade e a importância da minha própria fragilidade.

Ao longo dos anos, conheci muitas pessoas que se sentiam assim também e sempre era um prazer compartilhar essas experiências e emoções com elas. E mais: eu pude compartilhar sua mensagem de amor e amizade mais do que era possível com os outros, aqueles que não o compreendiam da maneira que eu achava que o compreendia. Eu realmente “não estava sozinha”.

E depois, houve as raras ocasiões em que tive a honra de vê-lo pessoalmente. Fosse um show ou alguma de suas aparições, (apesar de todo o caos) era sempre uma experiência mágica. Estar perto do homem que influenciou a minha vida de uma forma tão duradoura me fazia sentir como se eu tirasse férias da realidade, como se, por algumas horas ou dias, aquilo se tornasse a coisa mais importante da minha vida que recebia toda a minha atenção. E, sim, às vezes, ver o Michael na janela de um hotel, ou no palco, ou até mesmo em seu carro, fazia com que eu me sentisse mais forte, como se a mera presença dele preenchesse todo o meu ser. Perto dele, eu me sentia bem comigo mesma.

Então, como é viver num mundo sem ele? É como se tivessem tirado as cores dessa terra, como se a única força que me protegia desse “mundo cruel” fosse repentinamente tomada de mim. Mas o que exatamente eu perdi? Perdi um mentor. Alguém que me fez ver que o mundo é um bom lugar para se estar, alguém que me mostrou que isso é, sim, possível com um pouco de fé e confiança. Eu perdi um amigo que me mostrava quanta alegria e felicidade um simples ser pode trazer, o quão importante é nunca parar de sonhar. Perdi um guia que esteve ao meu lado durante anos, nos bons e maus momentos. Eu me sinto como uma árvore que acabou de perder um de seus principais galhos e agora está completamente sem equilíbrio e privada de uma parte essencial. E agora, tenho medo de que, se tentar aceitar a sua morte, se tentar conviver com isso, eu acabe traindo de alguma forma a sua memória. Às vezes parece que a única forma de lembrar e amar adequadamente é sofrer.

Estar em luto é como viver numa escada em espiral que começa com a morte do Michael. Vou passar por essa data e por essa lembrança várias e várias vezes, e a cada vez que isso acontecer, mais tempo vai ter passado, mais experiências terão acontecido, e eu vou crescendo um pouco mais  “sábia”. Então, como posso guardá-lo no meu coração e, ao mesmo tempo, diminuir o sofrimento? O que eu faço com a ferida que ficou no lugar do galho?

Talvez eu tenha que fazer como a árvore – deixar crescer um novo galho. Não importa quão pequeno, quão fraco, quão desimportante ou insuficiente este galho possa parecer no início, ele estará lá, com certeza. Não acredito que fomos feitos para sofrer, por isso, acho que não DEVE ser um simples galho. Talvez eu devesse me permitir olhar para ele. Ele não substituirá o Michael de forma alguma, mas, enquanto o tempo passa, é algo que cresce daquela ferida.

O que poderia ser para mim? Talvez eu devesse me esforçar em perder o medo deste grande e assustador mundo, e tentar ver mais as coisas da forma que ele via. Isso é o que ele tentou nos ensinar de todas as maneiras. Então, por que simplesmente não arriscar e tentar? Por que não tentar viver, SER o que eu mais admirava nele? Ser mais humano, ser mais atencioso, mais caridoso, doar mais, receber menos ou simplesmente: ser mais amoroso! Michael sempre foi um grande professor e eu realmente acredito que ele iria gostar muito se eu, se todos NÓS enfim seguíssemos o seu caminho. Podemos não chegar à sua genialidade, mas esse não é exatamente o nosso objetivo.

O objetivo é simplesmente tentar fazer isso, nunca deixar de tentar, nunca deixar de dançar o sonho do Michael. É através da gente que ele continua vivo. Através das nossas palavras, dos nossos atos, do nosso amor. Agora nós somos de verdade os únicos que podem fazer do mundo um lugar melhor. Não perdemos o Michael! Ele está aqui, talvez mais perto do que nunca. “Michael Jackson” não é mais apenas um homem, ele é um conceito, um exemplo, uma ideia. NÓS somos Michael Jackson! Não há mais necessidade de tristeza, não precisamos nos desesperar! Perdemos um mensageiro, mas não a mensagem. Perdemos um amante, não o amor em si! Este mundo precisa muito da mensagem dele e nós somos os únicos que continuarão a vivê-la. Porque Nós Somos O Mundo!

– Por Franziska Neurieder.

E não se esqueça, it’s all for L.O.V.E, it’s all about L.O.V.E

“Michael não poderia ter sido mais legal…”

Segunda-feira, 8 de outubro de 1988. Arena Meadowlands, East Rutherford, Nova Jersey.

O desenho que estamos segurando na foto acima foi eu quem fiz. Michael queria que eu fizesse caricaturas baseadas em seus seis clipes, lançados naquela época. Infelizmente, o flash refletiu e acabou atrapalhando a visualização desse desenho. O outro, logo atrás, também foi feito por mim e Michael o autografou.

Michael tinha me contratado para fazer um livro infantil de desenhos para colorir baseados em seu filme, Moonwalker. Isso aconteceu durante a turnê de Bad, bem no auge de sua carreira. O projeto levou cerca de um ano, já que era preciso esperar o Michael ter tempo de ver o que eu estava fazendo e, então, dar sua opinião sobre meus desenhos.

Depois de voltar da parte européia da turnê, Michael foi para Nova Jersey. Minha esposa e eu ganhamos ingressos vips daquele show. Já na arena, fui levado até seu grande camarim, com uma pequena sala reservada ao fundo para que Michael pudesse se vestir. Tinha muita gente por lá até que, de repente, Michael apareceu com o figurino de Bad, repleto de fivelas e cintos. Ele fechou a porta e eu fiquei ali.

Quando Michael Jackson dizia que era muito tímido, não estava brincando. O olhar em seu rosto, para mim, era de puro medo. Senti que ele seus olhos rodavam por toda aquela sala, provavelmente procurando alguém. Depois de alguns segundos, ele entrou no meio da multidão. Aquela seria a única vez que eu teria a grande oportunidade de conhece-lo, então, achei melhor fazer alguma coisa. Fui até ele e dei um tapinha em seu ombro. Pensei comigo mesmo: “Uau, estou tocando no ombro do Michael Jackson!”. Ele se virou para mim e, já que o ambiente estava bem barulhento, me inclinei para sussurrar em seu ouvido, ainda pensando: “Eu estou sussurrando no ouvido do Michael!”. Eu me apresentei e disse que era o cara que estava fazendo o seu livro de colorir. No segundo em que ele ficou sabendo quem eu era, qualquer um que nos visse naquele momento teria pensado que nós dois nos conhecíamos há anos! Michael era gracioso e extremamente simpático! Me falou que estava realmente gostando dos desenhos que eu estava fazendo para o livro de colorir.

Eu o levei até os meus outros desenhos e ele se acabou de rir quando os viu. Nós conversamos um pouco e ele não poderia ter sido mais legal. Preciso dizer que esse foi um dos encontros mais emocionantes que eu já tive em toda a minha vida.

– Rick Tulka fez os incríveis desenhos de Moonwalker, The Coloring Book”.

Fonte: http://www.positivelymichael.com/forums/showthread.php?7971-The-stories-behind-the-photos/page6

Michael vai ao dentista

(Na foto, Michael e o Dr. Randy Goldfarb)

Foi uma experiência incrível, quase surreal, ter passado um dia com o Michael, que sempre foi especial e memorável, mas agora é sagrado. Era 2004, e Michael estava precisando de cuidados dentários Ele entrou pelo consultório como se fosse um cara comum que eu nunca tinha ouvido falar. Fala mansa, gentil e amável, falou muito de sua família e tinha o maior apreço por aquilo que eu estava fazendo por ele. Ele deu autógrafos, tirou fotos com a gente, e até cantou! Um show particular que eu tenho que relembrar várias vezes na minha mente egoísta. O efeito que teve sobre todos na sala foi intenso, e ainda mais agora. Foi um privilégio tê-lo encontrado e eu só espero que ele saiba que mudou as nossas vidas para sempre. Nunca haverá outra pessoa tão talentosa quanto Michael tanto na música quanto na vida”.

Randy Goldfarb

Fonte: http://marquee.blogs.cnn.com/category/michael-jackson-tribute/page/3/

O nascimento de uma estrela

Katherine Jackson narra o dia em que Michael nasceu

Minha complicada experiência com Marlon e Brandon (os gêmeos tiveram um parto difícil que acabou resultando na morte de Brandon após poucas horas do nascimento*) não me impediu de ficar grávida novamente. No ano seguinte, em 29 de agosto de 1958, dei a luz à outro filho.

Lembro-me bem desse dia porque a minha bolsa estourou quando meu vizinho, Mildred Branco, e eu estávamos indo ver a nova escola em construção, Garnett Fundamental.

“Oh, meu Deus, Mildred, eu não posso sentar em seu carro desse jeito!”, exclamei. “Menina, não se preocupe com isso”, Mildred disse, me ajudando a entrar no carro.

A meu pedido, Mildred me levou para casa. Liguei para minha mãe e ela e meu padrasto me levaram para a Santa Casa de Misericórdia. Logo depois que eu cheguei lá, comecei a ter contrações. Mais tarde, naquela noite, meu filho nasceu.

“Eu quero dar um nome a ele…”, minha mãe falou. Eu odiava a primeira sugestão: Ronald.

“Que tal Roy então?”, ela perguntou. “Oh, meu Deus, mamãe! Não!”

Ela pensou mais um pouco e então disse: “Já sei! Michael!”

“É isso!”, eu falei.

Até então, eu  já estava acostumada a ver meus bebês nascendo com cabeças grandes, olhando engraçado, então, não estava alarmada com Michael. As duas outras coisas que eu lembro sobre ele quando o segurei pela primeira vez, foram os seus grandes olhos castanhos e as mãos longas, que me fez lembrar do meu padrasto.

“Eu aposto que eu fui um acidente!”, Michael sempre me provoca. Mas ele não foi.

Katherine Jackson

Fonte: Livro “My Family”, de Katherine Jackson, publicado em 1990.

* Observação da tradutora